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CAPÍTULO 2
Tecnologia da Informação



Um dos traços mais marcantes do convívio humano consiste no manuseio de dados, informações e conhecimentos como forma de entender as realidades física, biológica e social reduzindo continuamente os níveis de ignorância e incerteza. A sabedoria, posta num plano prático, empresta a perspectiva de responsabilidade social para a aplicação do conhecimento (Nota 1).

Assim, os dados, as informações e os conhecimentos precisam ser armazenados, recuperados e relacionados de todas as formas possíveis, principalmente com o objetivo de gerar ou criar conhecimentos novos a partir dos já existentes.

Denomina-se processamento, daí processamento de dados, às várias operações efetuadas com dados, rumo a produção de informações e conhecimentos. Esse pode assumir as mais diversas formas e manusear os mais diversos tipos de instrumentos ou ferramentas auxiliares. Assim, podemos falar em processamento não-mecânico ou manual (utilizando sinais e gestos), mecânico (com a presença de engrenagens e mecanismos) e eletrônico (relacionado com circuitos eletrônicos compostos por elementos específicos, tais como transistores, resistores e capacitores) (Nota 2).

O desenvolvimento do computador, mais precisamente do computador eletrônico, representou um gigantesco salto de qualidade nas atividades de processamento de dados. Seguramente, ele foi o elemento decisivo da revolução em curso e do ingresso na chamada Sociedade da Informação.



Nesse sentido, a expressão tecnologia da informação (TI) é empregada para identificar toda e qualquer tecnologia controlada por um computador eletrônico (mais precisamente por um chip ou microprocessador) (Nota 3). Verificamos que a sociedade contemporânea está mergulhada em tecnologias da informação. Afinal, temos processadores eletrônicos em relógios de pulso, aparelhos de telefonia móvel, agendas eletrônicas, computadores de mão e de mesa, elevadores, aparelhos de som e TV, máquinas de fotografia, filmadoras, fornos de microondas, entre tantos outros.



Não pode ser olvidado o fenômeno da aceleração histórica, onde a tecnologia se alimenta de si mesma, onde a tecnologia torna possível mais tecnologia. Assim, temos uma progressão geométrica do desenvolvimento tecnológico, seguida pela diminuição do lapso de tempo entre uma descoberta científica e sua exploração comercial. Gordon Moore, da empresa Intel, fabricante de microprocessadores eletrônicos, afirma que a cada dezoito meses os chips dobram sua capacidade de processamento enquanto mantêm o preço (Nota 4).

Portanto, a tecnologia da informação tornou-se vital em praticamente todos os aspectos da vida contemporânea. O uso eficiente das novas técnicas com certeza significa uma das mais importantes medidas entre o sucesso e o fracasso, quer no campo pessoal, quer no campo das diversas organizações sociais (Nota 5).

Na atual "economia baseada no conhecimento", uma das inúmeras denominações da Sociedade da Informação, a ciência e a tecnologia desempenham papéis centrais. Cresce, inclusive, a dificuldade de distinção entre ciência e tecnologia, até porque são, as duas, intensamente permeadas por interesses econômicos. Nesse sentido, a inovação tecnológica, considerada como a transformação do conhecimento em bens e serviços voltados para o mercado, funciona como um dos mais relevantes motores do desenvolvimento econômico. Ressurge, assim, com força, a "teoria da inovação", formulada originalmente por Schumpeter para explicar a dinâmica de evolução da sociedade capitalista a partir de inovações representadas por novos bens de consumo, novos métodos de produção e novas formas de organização empresarial (Nota 6).

Por outro lado, as modernas técnicas em questão suscitam inúmeros problemas novos, tais como a utilização ética das inovações tecnológicas, modificações nos processos de aprendizagem, explosão da quantidade de informação disponível, radicais modificações na acessibilidade ao conhecimento, profundas diferenças sociais a partir do acesso à informação (exclusão digital, divisão digital, apartheid digital, analfabetismo tecnológico) (Nota 7), entre outros. Determinados cenários e experimentos (Nota 8) são particularmente instigantes, a exemplo daqueles que envolvem o desenvolvimento da "inteligência artificial" (Nota 9).

Destacam-se dois aspectos importantíssimos, ligados ao enfoque da Informática Jurídica. Tratam-se: a) da seleção do conhecimento de qualidade em meio ao volume de informações existentes e em crescimento vertiginoso e b) da dificuldade de localizar esse conhecimento.



VEJA ALGUNS ASPECTOS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO:


BLUETOOTH
www.palmland.com.br/PI/Bluetooth/Bluetooth_what.htm

3G
www.3g.com.br
www.redemarket.com.br/3g/index.htm

COMPUTAÇÃO QUÂNTICA E BIOLÓGICA
www.schulers.com/jpss/estudos/ti
www.geocities.com/clebao/cquant.htm

MUDANÇA NO PERFIL DOS PROFISSIONAIS
Vídeo



NOTAS:

(1) Dados são os elementos básicos da construção do saber, representados por números, palavras ou fatos. Já informação é o resultado de uma organização, transformação ou análise de dados, ou seja, o tratamento de um conjunto de dados para obtenção de um significado específico. O conhecimento, por sua vez, consiste na interpretação (com argumentos e explicações) de um conjunto de informações. Envolve hipóteses, teorias, modelos e leis.

"É interessante notar a diferença que a informática estabelece entre 'dado' e 'informação'. Refere-se à palavra dado o registro que podemos estabelecer com um dos atributos (nomes, endereços, medidas, valores monetários, datas, etc) de uma entidade (pessoa, objeto, empresa, etc). Um dado passa a ser considerado informação quando é passível de ser recuperado para possíveis tomadas de decisões. Conseqüentemente, sistemas de informação, na informática, são hardware e software que automatizam a recuperação rápida de dados para tomadas de decisões". Gouvêa, Sandra. O Direito na Era Digital. Crimes Praticados por meio da Informática. Pág. 41. 1997. MAUAD.

"Dado é o elemento identificado em sua forma bruta que por si só não conduz a uma compreensão de um fato ou uma situação./Ao obter um levantamento de informações, de nada nos serve, apenas como exemplo, o sexo do entrevistado; porém, a informação analisada em conjunto com todos os dados levantados nos permite saber quantos são do sexo feminino e quantos do sexo masculino, caracterizando a amostra. Podemos, ainda, separá-la por faixa etária, para uma análise mais profunda. Isto se chama tratamento da informação./Tratamento é a transformação de um insumo (dado) em um resultado gerenciável (informação)./Informação é o dado trabalhado, que permite ao executivo tomar uma decisão". Fedeli, Ricardo Daniel; Polloni, Enrico Giulio Franco e Peres, Fernando Eduardo. Introdução à Ciência da Computação. Pág. 10. 2003. Thomson.

"Consideramos sinal como sendo o resultado em função do tempo da coleta, medição ou detecção de qualquer grandeza física. (...) A informação é o conjunto de resultados ou dados obtidos da coleta de sinais. Caracteriza-se por sua utilidade para aplicações presentes ou futuras. (...) Conhecimento significa, aqui, a forma e a capacidade de utilização das informações para a obtenção de benefícios ou produção de bens para a prestação de serviços. (...) Finalmente, consideramos sabedoria como sendo a utilização dos conhecimentos de forma ponderada, justa e ética, em benefício de pessoas, de comunidades, do meio ambiente, da ecologia e de todo o universo de seres vivos e mesmo de coisas materiais e imateriais". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Págs. 43 e 44. Manole.

(2) "A computação óptica completa é considerada por muitos pesquisadores a maior esperança de desenvolvimento futuro do processamento de grande porte, pois permite superar muitas das cada vez mais severas limitações tecnológicas do processamento eletrônico" (...) "Encerrando nossas considerações sobre as possibilidades futuras da fotônica, frisamos que, apesar da predominância dos circuitos eletrônicos e da nanoeletrônica convencional ainda por muitos anos, acreditamos que a nanofotônica será usada de forma crescente, podendo tornar-se até mesmo dominante na área de informática a partir do ano 2020". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Págs. 13 e 23. Manole.

"Os transistores foram mais tarde substituídos por chips e, atualmente, já se pesquisa o uso de bio-chips, em que as informações são codificadas em moléculas de DNA. Um dos projetos em andamento prevê a criação de um banco de memória com cerca de meio quilo de DNA imerso em um litro de fluido. Esse banco teria capacidade de memória maior do que a soma das memórias de todos os computadores até hoje construídos". Gouvêa, Sandra. O Direito na Era Digital. Crimes Praticados por meio da Informática. Pág. 32. 1997. MAUAD.

"Os dispositivos envolvidos (nanotecnologia) não são suficientemente grandes para estarem livres de efeitos quânticos, não obedecendo completamente às leis da física clássica, nem são suficientemente pequenos para serem completamente inseridos na mecânica quântica. As leis que os governam pertencem à ciência ainda não muito bem dominada, chamada de ciência da mesoescala". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 10. Manole.

"Mas, uma vez que você desce ao nível de partículas individuais, diz Chuang, quase nada é absoluto. Um elétron, por exemplo, poderia estar girando de uma maneira ou de outra – mas ele também pode existir como uma espécie de mistura de giros (spins). De acordo com as leis da física quântica, você poderia dizer que o elétron tem uma probabilidade de girar de uma forma ou de outra. A menos que você efetivamente faça uma medição e força a questão, você não poderia saber qual é ela: num certo sentido, o elétron em si seria indeciso. E isto, por sua vez, significa que cada bit de informação quântica poderia ser incerta. Em vez de ser um-ou-outro, um "qubit" quântico poderia ser ambos-e: representando 0 e 1 ao mesmo tempo. Essa ambigüidade tem uma conseqüência poderosa que se torna mais aparente quando você pensa não em 1, mas em 2 qubits. Estes qubits poderiam existir simultaneamente como uma combinação de todos os números de dois bits possíveis: (00), (01), (10) e (11). Adicione um terceiro qubit, e você poderá ter uma combinação de todos os números de três bits possíveis: (000), (001), (100), (110) e (111). Este tipo de sistema cresce exponencialmente: n qubits podem representar 2n números ao mesmo tempo. Enfileire uns meros 40 qubits e poderá representar todos os números binários, de 0 a mais de 1 trilhão – simultaneamente. (...) Shor provou que um computador quântico poderia fatorar números grandes num prazo que aumenta somente algumas potências do tamanho do número – crescimento rápido, certamente, mas nem remotamente tão explosivo quanto o crescimento exponencial. Na verdade, um computador convencional precisaria rodar por bilhões de anos para fatorar um número de 400 dígitos. Uma máquina quântica poderia fazer o serviço em cerca de um ano. A implicação era que códigos "indecifráveis" poderiam ser agora decifrados. E com este anúncio a Agência de Segurança Nacional, o Pentágono e a comunidade de criptografia e na realidade toda a comunidade de computação acordaram para o fato de que a computação quântica não era mais um domínio exclusivo dos teóricos. Peter Shor estava mostrando a possibilidade de uma aplicação real e crucialmente importante. (...) Nada disso significa que estaremos trocando nosso micro por laptops quânticos em pouco tempo. A computação quântica está quase no estágio de prova do princípio, com um longo caminho até que seja desenvolvido mesmo o equivalente qubit de máquinas a válvulas da época da II Guerra Mundial como o Eniac". Waldrop, Mitchell. Computação Quântica. Revista InfoExame. Ano 14. Julho de 2000.

(3) "INFORMATION TECHNOLOGY (IT) - tecnologia da informação. (1) - Tecnologia que descreve as novas facilidades e recursos para o processamento e distribuição de informações com base no desenvolvimento técnico em computação e nas comunicações." Camarão, Paulo César Bhering. Glossário de Informática. SERPRO. 1993. Pág. 259.

"... as Tecnologias da Informação (Information Tecnology - IT), considerando seus quatro pilares fundamentais de sustentação: a microeletrônica, a optoeletrônica, as telecomunicações e a logicionaria (software) de modo geral e, dentro das telecomunicações, a Internet em particular. Observamos, também, que, no ponto vista de tecnologias de informação, o próprio projeto de decodificação e interpretação do DNA e do genoma humano enquadrando-se nessa área básica". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 5. Manole.

(4) A rigor, a chamada "Lei de Moore" não se aplicaria indefinidamente. Segundo as mais abalizadas manifestações científicas, quando o tamanho dos circuitos eletrônicos se aproximar das dimensões atômicas será muito difícil ampliar sua capacidade como vem sendo feito.

"É fácil para a computação quântica soar como um sonho de um teórico fantasioso", diz o físico Neil Gershenfeld, do MIT media Lab. "Mas, simplesmente extrapolando a Lei de Moore, a relação de escala que diz os microchips encolhem por fator 2 a cada dois anos, mais ou menos por volta de 2020 ou 2030 atingiremos 1 bit por átomo. Então uma nova fábrica de semicondutores custará o mesmo que todos os PNBs do planeta. Portanto, se realmente queremos manter a velocidade crescente, não existem muitos caminhos a seguir. A incerteza quântica é essencialmente o único recurso que temos e que ainda não foi aproveitado para computação. É a única grande coisa que ainda resta no universo". Waldrop, Mitchell. Computação Quântica. Revista InfoExame. Ano 14. Julho de 2000.

(5) "Em suma, nos EUA, na segunda metade da década de 1990, houve um aumento substancial do investimento em equipamento e software de tecnologia da informaçãoo, que, em 2000, correspondeu a 50% do investimento total em negócios. Esse investimento, juntamente com a reestruturação organizacional, em particular com a difusão de uma interconexão baseada na Internet como prática empresarial generalizada, parecem ser fatores críticos para explicar o crescimento da produtividade do trabalho - que é a fonte última da criação de valor e o fundamento da nova economia". Castells, Manuel. A Galáxia da Internet. Pág. 84. 2001. Jorge Zahar Editor.

(6) "A Teoria da Inovação vincula-se, enquanto legado teórico, a Joseph Schumpeter, economista austríaco e professor da Universidade de Harvard, que o foi o principal formulador desta teoria em seus aspectos epistemológicos. Foi dele a observação de que as longas ondas dos ciclos do desenvolvimento no capitaslismo resultam da conjugação ou da combinação de inovações, que criam um setor líder na economia, ou um novo paradigma, que passa a impulsionar o crescimento rápido dessa economia. (...) Segundo Schumpeter: O impulso fundamental que inicia e mantém o movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de produção e transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria (...) A abertura de novos mercados - estrangeiros ou domésticos - e o desenvolvimento organizacional, da oficina artesanal aos conglomerados (...) ilustram o mesmo processo de mutação industrial (...) que incessantemente revoluciona a estrutura econômica a partir de dentro, incessantemente destruindo a velha, incessantemente criando a nova. Esse processo de Destruição Criativa é o fato essencial do capitalismo. É nisso que consiste o capitalismo e é aí que têm de viver todas as empresas capitalistas." Pires. Hindenburgo Francisco. Inovação Tecnológica e Desenvolvimento da Cibercidade: O advento da Cibercidade. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/geo13a.htm>. Acesso em: 20 jun. 2004.

"O momento crucial da mudança tecnológica refere-se à entrada da invenção no processo produtivo, que possui grande impacto para o desenvolvimento econômico. Podemos distinguir invenção de inovação para demarcar esse momento: a invenção, em si mesma, não teria dimensão econômica, referindo-se à descoberta de princípios que podem permanecer restritos ao campo do conhecimento. A inovação, por outro lado, teria aplicação prática, possibilitando o emprego de recursos econômicos de uma forma ainda não efetivada. Essa distinção tem o mérito de destacar o fato de que nem todo avanço no conhecimento tem, necessariamente, implicações na produção, circulação e consumo de mercadorias. No entanto, não podemos ver estes dois processos como sendo independentes: a descoberta de novos princípios cria a possibilidade de sua aplicação a curto ou longo prazo, assim como um novo emprego de recursos econômicos pode conduzir à descoberta de novos conhecimentos./Em sua acepção mais geral, inovação refere-se à 'introdução de conhecimento novo ou novas combinações de conhecimentos existentes'. Por sua própria definição, o conceito supõe e impõe uma relação estreita entre inovação e conhecimento. Já a inovação tecnológica, refere-se a 'novos produtos e/ou processos de produção e aperfeiçoamentos ou melhoramentos de produtos e/ou processos já existentes'./No entanto, um conceito mais abrangente de inovação foi introduzido por Chistopher Freeman no âmbito das discussões realizadas pela OCDE, em meados de 1970, para responder à necessidade sentida nos países desenvolvidos de ações governamentais que integrassem políticas econômicas e de ciência e tecnologia, P&D e indústria, sistema de pesquisa e sistema produtivo, visando a aumentar a competitividade internacional. Hoje em dia, diante da constatação de que a inovação tecnológica stricto sensu não garante competitividade e não resolve sérios problemas sociais ligados a processos de produção, amplia-se o alcance do conceito para incluir também: a organização e gestão do trabalho dentro da empresa; formas de atualização e qualificação profissional dos trabalhadores; desenvolvimento de novas formas de relação capital/trabalho e/ou de organização do trabalho na empresa; descentralização com integração (social, produtiva, administrativa e política); formação de recursos humanos qualificados em colaboração com as universidades, etc. Em seu sentido ampliado, a inovação objetiva não só a produtividade e a competitividade como também o bem-estar social e qualidade de vida da população". Ribeiro. Públio Vieira Valadares. Inovação Tecnológica e Transferência de Tecnologia. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/publi/transferenciadetecnologia2.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2004.

"A inovação (em seu sentido mais amplo, tecnológico e social) torna-se objeto-chave - tanto para a ciência social quanto para as políticas e estratégias de desenvolvimento". Maciel. Maria Lucia. Hélices, sistemas, ambientes e modelos: os desafios à Sociologia da Inovação. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222001000200002>. Acesso em: 25 mai. 2004.

"A inovação ocupa lugar central na 'economia baseada no conhecimento'. Um grande número de estudos sociais e econômicos recentes indicou a existência de um corpo substancial de evidências de que a inovação é o fator dominante no crescimento econômico nacional e na dinâmica dos padrões do comércio internacional". Conde. Mariza Velloso Fernandez e Araújo-Jorge. Tania Cremonini de. Modelos e concepções de inovação: a transição de paradigmas, a reforma da C&T brasileira e as concepções de gestores de uma instituição pública de pesquisa em saúde. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/csc/v8n3/17453.pdf>. Acesso em 25 mai. 2004.

"Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e no efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando maior competitividade no mercado". Art. 39, parágrafo primeiro da Lei n. 10.637, de 30 de dezembro de 2002.

"(...) a Finep, de maneira a contribuir de forma mais abrangente para a indução do processo de inovação tecnológica nas empresas brasileiras, decidiu estruturar a Biblioteca Virtual focada em "Tecnologia e Inovação", de maneira a facilitar o acesso e a recuperação de informações relevantes sobre o tema, bem como possibilitar o intercâmbio e o compartilhamento de conhecimento entre seus clientes e parceiros". Disponível em: <http://www4.prossiga.br/finep/inovacao.html>. Acesso em: 25 mai. 2004.

(7) "A sociedade da informação não é um modismo. Representa uma profunda mudança na organização da sociedade e da economia, havendo quem a considere um novo paradigma técnico-econômico. É um fenômeno global, com elevado potencial transformador das atividades sociais e econômicas, uma vez que a estrutura e a dinâmica dessas atividades inevitavelmente serão, em alguma medida, afetadas pela infra-estrutura de informações disponível. (...) Tem ainda marcante dimensão social, em virtude do seu elevado potencial de promover a integração, ao reduzir a distâncias entre pessoas e aumentar o seu nível de informação.

Não é livre de riscos, entretanto. Noventa por cento da população do planeta jamais teve acesso ao telefone. Como evitar, então, que as novas tecnologias aumentem ainda mais a disparidade social entre as pessoas, as nações e os bloco de países? Os países e blocos políticos, desde meados da década de 90, defrontam-se com as oportunidades e os riscos que cercam o futuro e, reconhecendo a importância estratégica da sociedade da informação, vêm tomando iniciativas para assegurar que essa nova era venha em seu benefício". Sociedade da Informação no Brasil. Livro Verde. Pág. 5. Setembro 2000. Ministério da Ciência e Tecnologia.

"A influência das redes baseadas na Internet vai além do número de seus usuários: diz respeito também à qualidade do uso. Atividades econômicas, sociais, políticas, e culturais essenciais por todo o planeta estão sendo estruturadas pela Internet e em torno dela, como por outras redes de computadores. De fato, ser excluído dessas redes é sofrer uma das formas mais danosas de exclusão em nossa economia e em nossa cultura. (...) Assim, não surpreende que a proclamação do potencial da Internet como um meio de liberdade, produtividade e comunicação venha de par com a denúncia da 'divisão digital' gerada pela desigualdade a ela associada. A diferenciação entre os que têm e os que não têm Internet acrescenta uma divisão essencial às fontes já existentes de desigualdade e exclusão social, numa interação complexa que parece aumentar a disparidade entre a promessa da Era da Informação e sua sombria realidade para muitos em todo o mundo." Castells, Manuel. A Galáxia da Internet. Págs. 8 e 203. 2001. Jorge Zahar Editor.

"A emergência da sociedade virtual, que hoje envolve a maioria das nações do planeta, é irreversível e trará para aqueles que souberem desfrutar seus benefícios todas as benesses da integração econômica mundial. Os excluídos, porém, amargarão um subdesenvolvimento e uma ignorância atávicos, que os colocarão à margem de quaisquer benefícios tecnológicos ou científicos". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 26. Manole.

(8) "Atualmente, os cientistas estão tentando construir um acelerador (de partículas) capaz de ajuntar os núcleos de átomos muito pesados quase à velocidade da luz. A idéia é produzir uma colisão que não só despedace os núcleos dos átomos em seus prótons e nêutrons constituintes, mas que também pulverize os próprios nêutrons e prótons, deixando um 'plasma', uma espécie de sopa energética consistindo de quarks e glúons soltos, as partículas que são os constituintes fundamentais da matéria e que jamais foram estudadas antes nesse estado, uma vez que ele só existiu por pouco tempo após o Big Bang./Essa perspectiva, porém, já criou um cenário de pesadelo. E se o sucesso do experimento criasse uma máquina do juízo final, uma espécie de monstro devorador de mundos que, com uma inexorável necessidade, aniquilaria a matéria comum ao seu redor, abolindo o mundo que conhecemos? A ironia é que esse fim do mundo, a desintegração do Universo, seria a derradeira prova irrefutável de que a teoria testada era verdadeira, pois toda a matéria seria sugada para o interior de um buraco negro e acabaria gerando um novo Universo, recriando perfeitamente o cenário do Big Bang". Zizek, Slavoj. Matrix: ou os dois lados da perversão. Livro Matrix. Bem-vindo ao deserto do real. Pág. 264. Madras. 2003.

(9) "Estamos em uma grande encruzilhada histórica e não nos apercebemos disso. Há eventos de uma magnitude jamais imaginada em curso. Pela primeira vez teremos uma espécie (homo sapiens) criando a 'próxima espécie', a inteligência artificial ou, para quem gosta de ficção científica, os robôs e outros seres cibernéticos. Por sua vez, também estamos descortinando os mistérios do genoma, e nunca se investiu tanto em pesquisas a respeito do funcionamento do cérebro. (...) Para Marvin Minsky, um acadêmico do MIT, o famoso Massachusetts Institute os Technology, as máquinas conseguirão, em breve, portar uma inteligência compatível à de uma pessoa média. Com o tempo, serão geniais e de poderes incalculáveis, e será uma sorte se nos criarem como animais domésticos. (...) Para quem crê que este perigo soa como ficção científica, recomendo pesquisar a respeito dos vários projetos em andamento que têm como objetivo desenvolver um software que não siga um programa preestabelecido, mas que desenvolva sua própria programação, tendo como ponto-base um código aberto. O problema dessa tecnologia é que as combinações resultantes não venham a ser aleatórias, mas sim algo 'útil'. Isso abre inúmeras hipóteses, em especial a respeito das falhas e do que será advindo delas. O Golem de silício refletirá o seu criador? E o reflexo será o macaco assassino de poucos pêlos?". Torrigo, Marcos. Prólogo a Matrix. Livro Matrix. Bem-vindo ao deserto do real. Págs. 27 e 28. Madras. 2003.

"(...) Tal como os vírus de computador hoje existentes, não se deve excluir a possibilidade de surgimento, a médio prazo, de entidades virtuais mais complexas pululando no interior da gigantesca rede neuronal mundial. Mais ainda, existe a possibilidade n de que essas entidades, com o tempo, venham a adquirir inteligência e consciência se si próprios, gerando uma verdadeira sociedade virtual". Zuffo. José Antonio. A Tecnologia e a Infossociedade. Pág. 41. Manole.



FORMULÁRIO 2
(Alunos)



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Repita as letras e números da imagem:

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1 (0,3p). Segundo o texto, indique a seqüência, da maior para a menor complexidade, dos elementos de formação do saber:
conhecimento - informação - dado
informação - conhecimento - dado
dado - informação - conhecimento

2 (0,3p). Segundo o texto, a expressão "tecnologia da informação" está relacionada com o processamento de dados em formato:
manual
mecânico
eletrônico

3 (0,3p). Segundo o texto, indique um tipo de computação, ainda em desenvolvimento, que permitirá uma elevação enorme na capacidade de processamento de dados:
manual
mecânica
quântica

4 (0,3p). Segundo o texto, as profundas diferenças sociais a partir do acesso à informação são denominadas como:
aceleração histórica
inteligência artificial
divisão digital

5 (0,3p). Complete (com a palavra que falta) a assertiva seguinte conforme o texto. "Pela primeira vez teremos uma espécie (homo sapiens) criando a 'próxima espécie', a (...) ou, para quem gosta de ficção científica, os robôs e outros seres cibernéticos."
aceleração histórica
inteligência artificial
divisão digital





Autor: Aldemario Araujo Castro.
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Permitida a cópia para utilização exclusivamente com finalidade didática e com citação da fonte.
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Ilustrações, figuras e fotos de uso livre.
Maceió, 8 de janeiro de 2007.


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